Brasília | Exposição CCBB Sombra

Brasília | Exposição CCBB Sombra, upload feito originalmente por FábioLuiz.

Recomendo!!!

ARTE PARA CRIANÇAS
Local: Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília
Visitação: de 31 de outubro de 2008 a 18 de janeiro de 2009
Horários: de terça a domingo, das 9h às 21h00
Entrada Franca
Informações: (61) 3310. 7087
Assessoria de Imprensa Brasília: Objeto Sim Projetos Culturais – (61) 3443. 8891 e 3242. 9805
Carmem Moretzsohn: (61) 8142. 0111
Gioconda Caputo: (61) 8142. 0112
Maria Alice Monteiro: (61) 9831. 5090
www.objetosim.com.br / objetosim@terra.com.br

Confira abaixo a relação completa dos artistas que participam da exposição e das suas obras expostas:

Amilcar de Castro
1 - Sem título - Conjunto com 140 esculturas em aço corten, com altura média de 30 cm. Coleção do Instituto Amilcar de Castro, Belo Horizonte.
2 - Sem título - 1999 - 1 escultura em aço corten, altura 1,80 cm. Coleção Instituto Amilcar de Castro, Belo Horizonte.
3 – Sem Titulo – 1999 – Escultura em aço corten, tamanho aproximado 2,5 x 150 x 70 cm. Coleção Alen Roscoe, Belo Horizonte.
4 – Sem †ítulo, 190- Escultura em aço corten, tamanho 2,5 x 120 x 120 cm.
5 - Sem título - 1997/99 - 20 conjuntos de 5 esculturas em madeira canela, de dimensões variáveis. Coleção Marcio Teixeira, Belo Horizonte. Obras inéditas no Brasil.
A lógica e o processo simples de dobra e corte, que estruturam a obra de um dos maiores escultores brasileiros de todos os tempos, vai ser mostrada em toda a sua grandeza. Poderão ser vistas todas as esculturas chamadas “de corte e dobra” - invenção que caracteriza a obra de Amilcar de Castro - produzidas pelo artista ao longo de sua vida: um conjunto de 140 esculturas em aço. O conjunto foi realizado em pequeno formato, aproximadamente 30 cm de altura. Ao lado desse grande conjunto, será colocada uma grande escultura de 2 metros de altura e outras de dimensões médias.
Um outro grupo de esculturas inéditas de Amilcar também será mostrado: trata-se de um conjunto de esculturas em madeira que têm como característica a possibilidade de serem manipuladas e transformadas pelo público. Estas obras serão apresentadas sobre mesas onde poderão ser manipuladas junto com vários desenhos de projetos de esculturas impressos, que poderão ser recortados e transformados em pequenas esculturas de papel pelos visitantes.


Athos Bulcão – Azulejos do Memorial da America Latina, 1988. Tamanho variável.
O artista Athos Bulcão, recentemente falecido, será homenageado na exposição Arte Para Crianças com uma sala onde o público poderá montar e remontar reproduções de seus famosos azulejos que compõem dezenas de obras de arquitetos brasileiros. O método de montagem de azulejos criado por Athos, propiciava liberdade aos operários, que escolhiam diferentes ordens de colagem para as obras. Da mesma forma, o público da exposição poderá montar em parede imantada infinitas ordenações do azulejo escolhido, que pertence ao prédio do Memorial da America Latina em São Paulo e que possui quatro desenhos diferentes.


Cildo Meireles - La Bruja. 1979/2008 - Instalação, tamanho variável. Madeira e 1560 fios de algodão de 1016 metros de comprimento.
De uma vassoura encostada num dos cantos da sala saem milhares de fios que se prolongam infinitamente ocupando de forma caótica todo o espaço. Como que largada displicentemente em um ponto aleatório da sala, a obra transforma o espaço de forma surpreendente, criando universo de sonho, fantasia e estranhamento. É uma das obras mais famosas da carreira do artista Cildo Meireles, que abriu no último dia 13 de outubro grande antologia de sua produção na Tate Modern em Londres.


Eder Santos
1 - Titulo: "Baixa Pressão - Low Pressure”, 2006.
Vídeo-instalação com objetos.
2 - Titulo: "Chamada em Espera - Call Waiting ”, 2006.
Vídeo-instalação com objetos.
Eder Santos é um dos mais importantes artistas brasileiros entre os que se dedicam ao vídeo e à video-instalação. Serão apresentadas duas video-instalações de Eder, ambas produzidas em 2006. As obras tratam das relações entre realidade e ilusão no âmbito da imagem e usam projeções de vídeo mescladas com o uso de objetos reais criando superposições ilusórias.


Eduardo Sued - A Nave e o Imaginário, 2007
Instalação. Madeira pintada, tecidos e papeis coloridos. Dimensão variável. Obra realizada especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS.
A idéia básica do artista é proporcionar um mergulho no universo da cor, matéria prima da obra de Sued. Para tanto, foi produzida uma estrutura constituída pelo que ele denominou de Luz-Cor: são 3 cubos, o maior deles com 3 metros de altura, onde as pessoas podem penetrar e intervir. O cubo sala é coberto pelo público com tecidos de diversas cores e estampas. Esta é uma das raras instalações criadas pelo pintor.

Emmanuel Nassar – Título: “Instabile Azul”, 2008.
Dimensões: 40 x 10 metros. Obra inédita, realizada especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS em Brasília.
O pintor paraense Emmanuel Nassar preparou para Brasília uma instalação única: as paredes externas do prédio montado nos pilotis do edifício principal do Centro Cultural transformam-se em uma grande pintura construídas com os elementos já clássicos em sua obra: contraste de cores puras que remetem ao universo da cultura popular da Amazônia, barras de ferra coloridas, mecanismos como roldanas e serras e as letras do seu nome que se transformam em objetos de intervenção direta no prédio.



Ernesto Neto
“Uni Verso Bebê II Lab”, 2007.
Tecidos, espuma e isopor pérola. Dimensões: 11 x 6 x 3,50 metros. Obra inédita, realizada especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS.
Obra 2: Sem Título, 2008. Dimensões variáveis. Obra inédita, realizada especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS em Brasília.
Uni Verso Bebê II Lab é uma grande escultura-casa de pano na qual se pode entrar e em cujo interior o espectador encontra diversos objetos/formas com os quais pode interagir. Reúne em sua elaboração uma série de questões relativas à linguagem visual: luz, cor, forma, interação com o público, etc.
A Obra 2, especialmente feita para a exposição em Brasília, é construída com dezenas de módulos de madeira cuja forma permite que se encaixem e se sustentem no espaço através de sua junção. Como num jogo de montar, a escultura é construída pelo público que vai acoplando as formas básicas na construção de estruturas as vezes abstratas as vezes de referencia figurativa. Um mesa, também ela uma escultura, pode ser usada pelos visitantes para montar estruturas de tamanho menor.


Lawrence Weiner – E na mesa no momento + por um tempo no chão, 2007
Catalogue #940 - 6 x 3, 20 x 4 metros - Impressão digital - Obra realizada especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS.
Weiner é um dos grandes artistas conceituais que marcaram o surgimento das pesquisas com linguagem nos anos 70. Sua matéria prima é a linguagem e o uso da palavra é a base de suas construções visuais. Fez um trabalho em português especialmente para a exposição: uma equação dialético-lúdica. No ano de 2007, Weiner teve celebrada sua obra em grande retrospectiva no The Museum of Contemporary Art , Los Angeles.


Mariana Manhães - PISCA-PISCAR, 2008.
Dimensões: Estrutura maior (Lustre): 1,5 m (L) x 2,0 m (A) x 1,5 m (P), estrutura menor (Arandela): 0,6 m (L) x 0,8 m (A) x 0,6 m (P), área total ocupada (aproximada): 8 m2 .
Obra realizada especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS em Brasília.
A obra criada para ARTE PARA CRIANÇAS consiste em uma engenhoca que faz uso de dispositivos de vídeo, robótica, mecânica e eletrônica. Duas estruturas robóticas interconectáveis estão ligadas a vídeos de objetos animados. Esses objetos são retirados do cotidiano da artista: um lustre e uma arandela de louça. Através de recursos de edição videográfica, seus movimentos transformam-se em gestos caricatos além da inserção da voz da artista que cria um idioma próprio para as duas criaturas. Paralelamente às vozes, os vídeos emitem notas musicais. Circuitos eletrônicos percebem essas notas e ligam motores e músculos eletrônicos instalados na obra, mudando seu comportamento visual e sonoro.
Mariana é uma jovem artista carioca que trabalha com meios eletrônicos e vídeo. Constrói máquinas movidas através de circuitos digitais especialmente projetados para seus trabalhos. Essas máquinas tomam a aparência de coisas vivas, com movimentos inusitados e vozes veiculadas através de vídeos que aparecem em pequenos monitores de TV agregados às máquinas. São verdadeiros aparatos eletrônicos de magia e encanto.


Rubem Grilo – “Arte Menor” - Conjunto inédito de 381 xilogravuras colocadas em sala de teto rebaixado. Tamanhos variados entre 1 e 10 cm.
Em meio às gravuras um vídeo-animação com vários dos personagens criados por Grilo, mostrado em pequeno monitor do tamanho das molduras dispostas na parede. Vídeo realizado especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS.
Rubem Grilo é o maior xilogravador brasileiro da atualidade. Nos últimos anos, tem se dedicado a uma série de experimentos gráficos dos mais inusitados com relação ao mundo da gravura. Foi capaz de produzir mais de 1.000 gravuras de tamanho mínimo - de 1 a 10 cm configurando um universo infinito de personagens, reflexões plásticas, filosóficas, líricas. Desse conjunto de gravuras, denominado “Arte Menor”, foram escolhidas 381 para serem mostradas. Elas serão apresentadas em sala com teto rebaixado, na altura dos olhos das crianças. Toda a aproximação e intimidade possíveis serão proporcionadas para a observação desses pequenos poemas visuais.
Em meio a essa enorme quantidade de pequenas gravuras emolduradas, uma diminuta TV também emoldurada com se fosse um quadro, passará um vídeo-animação elaborado com algumas das imagens criadas pelo artista.


Tunga - “Xifópagas Capilares Entre Nós”, 2007.
Vídeo-história realizado especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS.
A obra narra a fantástica história das gêmeas xifópagas capilares inventadas pelo artista. Baseado na obra de Tunga, foi dirigido por Evandro Salles e será exibido no Hall do CCBB, no espaço batizado de Salas de Histórias.
“Xifópagas Capilares Entre Nós”, performance 1990/2008.
Duas gêmeas xifópagas – unidas pelos cabelos – irão passear pela exposição, indiferentes ao mundo, em performance realizada em dia a ser divulgado posteriormente. Misteriosas, aparecem e desaparecem como em um conto de fadas, sem explicar sua estranha existência. Uma escultura viva, um poema visual de rica e complexa simbologia constitui a estranha natureza da imagem que configura a obra. É uma obra estruturada a partir de uma forte manipulação de simbologias do inconsciente. Tunga é um dos artistas contemporâneos mais relevantes da cena mundial.


Yoko Ono

1 – Onochord – 2005/2008 - vídeo instalação com instruções - “Envie a mensagem Onochord: Eu Te Amo” através de um simples código numérico de luzes.
2 – Entrada – En Trance, 1997/2008 – Edificação constituída por vários tipos de portas que, ao serem atravessadas pelo público, proporcionam diversas experiências espaciais e sensoriais.
3 - Jogue com Confiança - Play It By Trust, 1997 - Jogo de xadrez onde todas as peças são brancas. As idéias de oposição e vencedor se diluem na medida em que o jogo avança.
4 - Árvores do Desejo - Wish Trees, 1996/2008 . Escreva um desejo e o pendure em uma das árvores desse jardim especial.
5 - Evento Sala Azul - Blue Room Event. Instruções cheias de nonsense poéticos para serem executadas e imaginadas pelos espectadores. Escritas em português por Yoko Ono.
6 – Pinturas, 2006/2008 - Conjunto de 9 pinturas/instruções feitas com palavras.
7 – Voe, 1963/2008 – Poética construção feita por uma pintura e uma escada que remete à capacidade humana de sonhar e se aventurar.
Dentre os vários os trabalhos de Yoko Ono apresentados nessa mostra, talvez o mais simples seja Onochord, que ganha no CCBB-Brasília uma dimensão enorme: na fachada principal do prédio, estruturas luminosas reproduzem instruções para uma mensagem de paz e amor sugerida pela artista. Como um código morse feito com qualquer emissor de luz, Yoko Ono propõe que enviemos aos nossos amigos, aos desconhecidos, ao planeta e a todos os seres uma mensagem de amor sintetizada em 3 emissões de luz: EU . TE .. AMO ... Dez mil pequenas lanternas serão distribuídas ao público.
Yoko Ono é uma das pioneiras da arte participativa nas vanguardas dos anos 60. Sua original atuação no mundo das artes plásticas, ligada ao radical movimento Fluxus dirigido por Georges Maciunas, se inicia com a integração das diversas linguagens artísticas - poesia, artes plásticas, música e performance - numa ação poética integral do sujeito criador. Ono também desenvolveu atividade pioneira, ao lado de Nam June Paik, no uso da televisão como meio de linguagem artística. Serão apresentados sete conjuntos de trabalhos de Yoko Ono. Todos, de maneiras distintas, propõem uma participação do público e apenas ganham sentido com uma verdadeira interação do espectador em sua estrutura.


Salas de Histórias

Três salas dedicadas à projeção de vídeo-histórias especialmente criadas para a mostra. Propondo uma junção das linguagens de literatura, música e artes plásticas, as vídeo-histórias trazem a poesia de Manoel de Barros; a arte construtiva para crianças de um dos maiores nomes da vanguarda russa: El Lissitzky; a música de Tim Rescala e a obra singular do artista plástico Tunga. Além dessas salas, o hall oferece uma sala de recepção para toda a exposição e uma sala para o trabalho da artista Mariana Manhães.


Vídeo-Histórias

1 - “Histórias do Dedão do Pé do Fim do Mundo”, de Manoel de Barros, 2007.
Animação de vídeo com nove minutos de duração. Com poemas de Manoel de Barros, roteiro de Bianca Ramoneda, desenhos de Evandro Salles, música de Tim Rescala, direção de arte e animação de Marcia Roth e locução de Bidô Galvão. Realizado especialmente para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS.
O vídeo reúne textos de diversos livros do poeta, formando uma narrativa denominada “Histórias do Dedão do Pé do Fim do Mundo”, o lugar mítico onde a infância do poeta transcorreu e onde sua poesia tem origem. Um transbordar de sabedoria sobre a natureza da arte, da memória e da constituição psíquica humana.

2 – “Sobre Dois Quadrados”, 2008.
Animação em vídeo com nove minutos de duração baseada no livro homônimo de El Lissitzky. Direção e pesquisa de Evandro Salles, música de Tim Rescala, direção de arte e animação de Márcia Roth. Especialmente realizado para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS em Brasília, o filme realiza uma das premissas do modernismo que é a fusão das várias linguagens artísticas em uma mesma obra.
Em 1922, o grande artista russo El Lissitzky – que ao lado de Kasimir Malevich criou o suprematismo, base da arte construtivista – editou um pequeno livro dedicado às crianças chamado “Sobre 2 Quadrados”. O livro, uma jóia das artes gráficas e das artes plásticas do século XX, é uma das referencias mais conhecidas da integração entre poesia, imagem e tipografia. O texto é uma metáfora das esperanças de transformação da consciência humana que, naquele momento da história, animava o espírito das artes na Rússia e na Europa. Traz em sua estrutura visual a perspectiva de uma existência cósmica para o ser humano e compreende o espaço como um infinito de mundos em relação e interação dialética. Com uma forte influência do cinema, as imagens originais, apesar de estáticas, levam à idéia de movimento.

3 - Xifópagas Capilares Entre Nós, 2007.
Vídeo com duração de 9.30 minutos baseado na obra homônima de Tunga. Com Diana Hammar e Julia Hammar, direção e roteiro de Evandro Salles, musica de Luis Oliviere, montagem de Sergio Azevedo, direção de fotografia de Jane Malaquias, fotografias de Juan Pratgnestós, narração de Bidô Galvão.
O filme narra a fantástica história de duas gêmeas que nasceram unidas pelos cabelos, causando um grande reboliço na distante terra onde viviam, um longínquo povoado nórdico. Cheio de poesia e imagens ricas de sugestões simbólicas, o filme busca reunir aspectos da obra de Tunga, um dos grandes artistas brasileiros da atualidade.


Peça de Teatro

Desenhando Labirintos, 2008. Dirigida por Carlos Laredo – La Casa Incierta, Espanha. Com Eliana Carneiro e Maira Oliveira. Especialmente produzida para a exposição ARTE PARA CRIANÇAS em Brasília. Sábados e domingos, sessões às 16 e 17 horas. Duração: 30 minutos. Bebês e crianças de 8 meses a 3 anos de idade devem ser acompanhados de apenas 1 adulto. Entrada franca com distribuição antecipada de senhas.
A companhia de teatro espanhola La Casa Incierta é especializada no teatro feito especialmente para bebês. Usando, no seu universo lingüístico, mais significantes do que significados, mais palavras, sons e imagens simbólicas do que narrativas, o teatro de bebês se aproxima da arte abstrata e das artes plásticas em geral.
Em Desenhando Labirintos, o diretor se apropriou da história dos dois quadrados de El Lissitzky e construiu um comovente quadro em torno do nascimento de uma criança e sua relação com a mãe. A peça, apesar de ser particularmente voltada para o público de crianças com idade entre 8 meses e 3 anos, pode ser vista por crianças e adultos de qualquer idade. Entretanto, em função da preferência e atenção especial ao público infantil, pede-se que apenas um dos responsáveis acompanhe cada criança.

Fonte: http://www.continentemulticultural.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3520:ccbb-apresenta-arte-contemporanea-para-criancas-em-brasilia&catid=54:artes-plasticas&Itemid=96