"Corno tatuado"

Nova categoria de corno! "Corno tatuado"


O motoboy desempregado Robson Pereira Granja, de 26 anos, disse, em entrevista na tarde desta terça-feira (25), que a morte do segurança José Adriano Menezes de Souza, amante de sua mulher, era uma questão de honra. “Essa é a minha honra. Sou homem”, afirmou.

José Adriano tinha 27 anos quando foi assassinado com cinco tiros em 21 de novembro de 2007. Na ocasião, ele já namorava outra pessoa. O segurança havia rompido com a mulher de Robson meses antes, depois de descobrir que ela era casada. Eram por volta das 16h30, quando dois homens que chegaram em um carro azul entraram no prédio do ambulatório do Hospital São Paulo e um deles atirou na vítima.

Segundo a polícia, o crime teria acontecido depois de o suspeito ter descoberto, em julho, que sua mulher mantinha uma relação amorosa com José Adriano. Os dois haviam trabalhado juntos no Hospital do Rim e Hipertensão, ela como faxineira e ele como segurança. Ambos teriam sido transferidos depois de serem flagrados no banheiro da instituição.

Mas o motoboy só teria descoberto o caso quando tentou entrar em uma festa de confraternização do hospital e quem o atendeu ficou surpreso ao saber que a faxineira, conhecida por todos como namorada do Adriano, era casada. “Ele ficou com aquilo na cabeça, querendo se vingar”, afirma a delegada Flávia Maria Rocha Rollo, titular da equipe C-Sul do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Robson nega. Ele afirma que ele e a mulher já vinham brigando e que a traição, naquela altura, era “normal.” “A raiva não foi dela. Foi porque ele me ameaçou de morte”, alega. Ele conta que vinha recebendo telefonemas ameaçadores da vítima depois que soube que a mulher o traía e a agrediu. A alegação é desmentida pela polícia. Segundo a delegada, foi o suspeito que fez ligações com ameaças à vitima.

Outra questão em que as versões da polícia e do suspeito são dissonantes é a autoria do crime. De acordo com Flávia Rollo, um amigo de Robson seria o autor dos disparos. “É certeza absoluta. As duas únicas testemunhas presenciais do crime o reconheceram e não reconheceram Robson”, diz a delegada. Mas o motoboy afirma que foi ele quem puxou o gatilho do revólver calibre 38. A arma pertencia a um irmão dele, já falecido e, após o crime, foi jogada no Rio Tietê. “Não mandei ninguém matar. Matei”, afirma.

O terceiro ponto de atrito nas versões de policia e suspeito é a tatuagem – um caixão, com o nome de Adriano e a data do crime – feita em janeiro no braço direito do motoboy. A polícia defende que seria uma forma de Robson se vangloriar. O suspeito no entanto, dá uma explicação diferente. “Pensei em que quando eu for para a cadeia, ele vai comigo. Quando eu morrer, ele vai morrer comigo.”

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